Turistas estrangeiros continuam lotando o Brasil e deixando a Argentina de lado

Enquanto o Brasil recebeu um crescimento de 14,8% no número de turistas estrangeiros em maio deste ano em relação ao mesmo mês de 2023, o turismo doméstico de lazer na Argentina apresentou queda de quase 65% durante o feriado prolongado de três dias que compreendeu o feriado nacional de 17 de junho.

O Ministério do Turismo do Brasil anunciou na segunda-feira que a maioria dos 335.652 visitantes estrangeiros recebidos em maio vieram da Argentina. Esses números representaram o patamar mais alto para o mês desde 2020.

Nos primeiros cinco meses de 2024, o Brasil recebeu 3,2 milhões de viajantes internacionais, um aumento de 8,6% em comparação com janeiro a maio de 2023, trazendo dinheiro adicional para a hotelaria, gastronomia e transporte do país, explicou o ministro do Turismo, Celso Sabino.

“Com esses números promissores, o Brasil reforça sua imagem de liderar a lista dos destinos mais desejados da América Latina”, destacou. “Espera-se que o setor continue crescendo nos próximos meses, principalmente com a organização de eventos importantes como a Cúpula do G20 e o Rock in Rio”, acrescentou. Esse impulso “tem impacto no desenvolvimento econômico e na geração de empregos no país”, observou ainda Sabino.

Atrás do cerca de 1,1 milhão de visitantes da Argentina vieram 298.000 dos Estados Unidos, seguidos pelos 294.000 do Chile.

No último fim de semana, a Argentina viu apenas cerca de 802.000 pessoas viajando para destinos domésticos, gastando AR$ 81,464 milhões, bem abaixo dos gastos do Carnaval, que chegaram a mais de AR$ 352 bilhões, disse a Confederação Argentina da Média Empresa (CAME). Os gastos diários de cerca de AR$ 50.788 (cerca de US$ 50) representaram uma diminuição de 3,4% em relação ao ano anterior, descontada a inflação.

Além disso, as vendas do Dia dos Pais caíram 10,2% este ano, enquanto o país se prepara para um fim de semana prolongado ainda mais longo, a partir de quinta-feira. De acordo com a CAME, o Dia dos Pais foi a principal atração do último fim de semana, durante o qual as pessoas fizeram viagens curtas e preferiram reuniões familiares a viagens mais longas.

Para piorar a situação para o setor, “um fator que desestimulou a dinâmica do fim de semana foi a queda do turismo internacional, que, embora ainda latente, não se vê nas magnitudes dos meses anteriores”, explicou a CAME.

Sob o governo do presidente Javier Milei, os preços subiram tanto que a Argentina conseguiu conter a inflação ao custo de se tornar inacessível tanto para moradores quanto para estrangeiros.